Após longos anos afastada, retorno ao blog.
LIVIA VERSOS LIVIA
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
sábado, 27 de setembro de 2014
Bonito é um sorriso encharcado de lágrima, gostoso é uma risada alta no meio de uma conversa boba, no meio da rua. Lindo são os olhares que se leem sozinhos, sem precisar legenda. Perfeitos são os dias simples na companhia de gente que sabe despertar na gente a vontade de viver. Bonito é ver que a chuva cai sempre de cima pra baixo e que as nossas preces evaporam daqui de baixo lá pro alto, para onde há quem olhe por nós e dite as leis simples do universo como o nascer do sol na hora certa, o nascer de alguém na hora devida e os minutos exatos da permanência de cada um. Lindo é o coração de quem perdoa e tem capacidade de pedir perdão. Perfeita é essa nossa capacidade de amar tanta gente, de formas tão diferentes. Mas, se tem algo que eu ache bonito mesmo é acreditar… em si, em Deus, na vida.
Desconhecido
Desconhecido
sábado, 7 de setembro de 2013
VEZ OU OUTRA, UM DESABAFO.
VEZ OU OUTRA, UM DESABAFO.
É incrível todos os tombos que precisamos levar para aprender alguma coisa sobre essa vida. Eu? Ah! Confesso sem receios o quanto já fui covarde. Confesso os vários momentos que não me deixei viver, todas as palavras que não consegui dizer. Acho que isso frustra a gente. Será que teria sido melhor ? Não sei. Ma...s, era o que eu queria naquele momento, era o que meu coração pedia. Neguei. E pior foi perceber que levei outros tombos, depois. Encarei como consequência. É claro que não estou afirmando que se deve sempre chutar o balde e fazer o que der na telha. Não! Quero dizer que é preciso se permitir, que a vida lhe dá a possibilidade do erro, justamente para que você aprenda e não erre mais ou erre menos. Então, não se torne refém do que pode acontecer. Ponderar é preciso, concordo. Renunciar à tudo na tentativa de sempre evitar a queda é impossível (e covarde). Aliás, a renúncia é possível. Evitar sempre o erro, jamais. Dessa vez, quem não permite, é a sua condição humana
É incrível todos os tombos que precisamos levar para aprender alguma coisa sobre essa vida. Eu? Ah! Confesso sem receios o quanto já fui covarde. Confesso os vários momentos que não me deixei viver, todas as palavras que não consegui dizer. Acho que isso frustra a gente. Será que teria sido melhor ? Não sei. Ma...s, era o que eu queria naquele momento, era o que meu coração pedia. Neguei. E pior foi perceber que levei outros tombos, depois. Encarei como consequência. É claro que não estou afirmando que se deve sempre chutar o balde e fazer o que der na telha. Não! Quero dizer que é preciso se permitir, que a vida lhe dá a possibilidade do erro, justamente para que você aprenda e não erre mais ou erre menos. Então, não se torne refém do que pode acontecer. Ponderar é preciso, concordo. Renunciar à tudo na tentativa de sempre evitar a queda é impossível (e covarde). Aliás, a renúncia é possível. Evitar sempre o erro, jamais. Dessa vez, quem não permite, é a sua condição humana
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
O Tempo....
Na hora da saudade, da tristeza, do desamparo, é com ele que contamos: o tempo.
Queremos dormir e acordar dez anos depois curados daquela ideia fixa que se instalou no peito, aquela obsessão por alguém que já partiu de nossas vidas. No entanto, tudo o que nos invadiu com intensidade, tudo o que foi realmente verdadeiro e vivenciado profundamente não passa. Fica. Acomoda-se dentro da gente e de vez em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar da sua existência. O grande segredo é não se estressar com este inquilino incômodo, deixá-lo em paz no quartinho dos fundos e abrir espaço na casa para outros acontecimentos."
Martha Medeiros
Queremos dormir e acordar dez anos depois curados daquela ideia fixa que se instalou no peito, aquela obsessão por alguém que já partiu de nossas vidas. No entanto, tudo o que nos invadiu com intensidade, tudo o que foi realmente verdadeiro e vivenciado profundamente não passa. Fica. Acomoda-se dentro da gente e de vez em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar da sua existência. O grande segredo é não se estressar com este inquilino incômodo, deixá-lo em paz no quartinho dos fundos e abrir espaço na casa para outros acontecimentos."
Martha Medeiros
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Peço que.....
O que eu peço é que você seja sempre de verdade também. Que me queira assim, imperfeito e cheio de confusões. Que saiba os momentos em que eu preciso de uma mão passando entre os fios de cabelo. Que perceba que às vezes tudo o que eu preciso é do silêncio e do barulho da nossa respiração. Que veja que eu me esforço de um jeito nem sempre certo. Que veja lá na frente uma estrada, inteiramente nossa, cheia de opções e curvas. E que aceite que buracos sempre terão.
Viver um dia por vez....
Vai devagar… Pensa duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias pra não fazer bobagem. Cuida do teu coração, cuidado com quem você deixa entrar. Espera o tempo passar. Acredita menos… As pessoas não são tão legais quanto aparentam ser. Quem acredita menos, sofre na mesma proporção. Até quando você achar que é verdade, desconfie um pouquinho. Faz bem não se entregar totalmente logo de cara. ...Se arrisca mais, por você. Tenha coragem para dizer tudo que tens aí guardado. Seja forte para conseguir se manter calada perante alguns. Muda de rumo. Quando te mandarem ir por lá, vai pelo outro caminho. Ou vai apenas, pelo caminho do teu coração. Se você não aguentar mais fingir… Chore. Depois que você acabar de chorar, vai sentir-se mais leve. E então vai levantar a cabeça, lavar o rosto, pôr uma roupa bonita no corpo, um sorriso escandalosamente lindo no rosto e dizer que chega, que você vai é ser feliz. Eu sei, é assim mesmo. E vai funcionar! Não diga “nunca”, nunca. Irônico, não? Mas não diga. Porque essa vida é incrivelmente engraçada. Mais uma coisa. Você não pode ter medo que as pessoas te machuquem, viu. Porque as pessoas vão te machucar de vez em quando, até mesmo aqueles que você mais confia e admira. Não vão fazer por mal, mas somente porque são humanos. Cometemos erros ridículos com pessoas maravilhosas. Faz parte. Não esquece que cada um é cada um. Somos diferentes. Graças a Deus, somos. Vive um dia por vez, sem pressa e sem querer ser mais rápida que o tempo. E por favor, vai ser feliz, que tu ainda tem muito por viver.
Porque é o pouco que importa....
Quero acordar sentindo o teu cheiro bom. Dormir ao som do beijo noturno. Quero continuar me enxergando em cada olhar mudo, falado, parado, tarado, estatelado, cansado, suado. Quero sexta, sábado, domingo, segunda, terça, quarta, quinta. Quero começar tudo de novo. Quero continuar tudo outra vez. Quero seguir em frente. Quero continuar tendo um sentimento que move e dá vontade de continuar escreven...do até ficar com as mãos manchadas pelo tempo e enrugadas pelo avanço da idade. Quero meses transformados em anos. Quero não perder nenhum minuto. Quero que você seja sempre a última imagem que eu vejo ao fechar os olhos. Quero não perder a capacidade de apreciar e reconhecer coisas simples. Quero continuar achando que o pouco é muito. Porque é o pouco que importa. O detalhe, o simples que abraça o outro simples e vira uma coisa enorme, que só quem sente sabe bem do que se trata.
sábado, 13 de julho de 2013
Coisando....
Algumas pessoas se destacam para nós. Não há argumento capaz de nos fazer entender exatamente como isso acontece.[...] Não importa quando as encontramos no nosso caminho. Parece que estão na nossa vida desde sempre e que mesmo depois dela p...ermanecerão conosco.[...]É até possível que tenhamos sentido saudade mesmo antes de conhecê-las. O que sentimos vibra além dos papéis, das afinidades, da roupa de gente que usam. Transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê,faz agente sentir coisas e acaba coisando a gente......
terça-feira, 2 de julho de 2013
Quero só isso......
“Não quero uma história de cinema, onde existe esse tal de casal perfeito. Eu não quero uma felicidade de mentira só pra mostrar status. Eu quero mãos dadas, cafuné e colo. Quero viagens, loucuras e parceria. Quero coração batendo forte, e falta do que falar. Quero amor, quero amar. Quero um eu, com você. Quero eu e você formando esse tal de nós. Quero tudo o que você quiser me dar. Mas eu só quero com você.” — Quer recomeçar comigo?
Mude o disco,Feche a porta....
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...Fernando Pessoa
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...Fernando Pessoa
Ahhh o AMOR........
Ando escutando por determinadas pessoas e redes sociais que o amor completo anda escasso no mercado. Encontra-se, às vezes, só a beleza, a afinidade ou o sexo inesgotável. Falta o resto. Ou ainda, a paciência, o companheirismo, o aconchego. Mas a incompletude, ainda sim, reina. E os pessimistas, dizem que não é possível achar alguém do jeitinho que você quer. Alguém que te complete, que te baste, que te encante repetidamente. Eu, insisto no contrário. Porque amores incompletos, não saciam a fome. É como uma dieta só de proteína – você se sustenta por um tempo, se engana, inventa que o buraco no estômago está saciado – bebe água, fuma um cigarro. Mas, a falta de carboidrato, cedo ou tarde, pega. E você volta pro início. Ao contrario dessas pessoas, eu sempre quis um Amor perfeito, será que isso é uma Utopia?
Sempre quis mesmo foi um amor cheio de erros, que vão sendo alinhados durante o caminho. Porque se tudo já começa certo, não vive-se o prazer da vitória.
Sempre quis um amor livre – sem a ideia desajustada que um pertence ao outro. Com menos regras ditadas – e mais pontos de vista ouvidos.
Sempre quis um amor com respeito. Não daquele tipo das “moças de respeito” que querem seu patrimônio corporal preservado.
Sempre quis aquele respeito que te permite ver o outro como um outro ser – cheio de vontades e desejos. Respeito é aceitar que o outro é diferente de você.
Sempre quis um amor que me fizesse crescer. Por que o essencial, faculdade nenhuma ensina. O essencial aprende-se na troca de ideias, no debate, nos pontos de vista trocados.
Sempre quis um amor que me valorizasse. Não somente pelas coisas cotidianas, mas principalmente pelas qualidades que poucos enxergam.
Sempre quis alguém que quisesse ouvir verdades – e falar, também, na mesma proporção. Porque meias-verdades não interessam. Difícil mesmo é achar alguém que esteja pronto pra ouvir até o mais pesado, até o mais doído e retribuir na mesma moeda.
Sempre quis alguém que me achasse gostosa – mas que entendesse que gostosura, mora mesmo nas entrelinhas.
Sempre quis um amor que me mostrasse caminhos – invés de impor trajetórias.
Sempre quis um amor que não me reprimisse – pelo contrário, que me provocasse para que eu conseguisse mostrar o que vive escondido lá no fundo.
Sempre quis um amor que sonhasse. E que corresse atrás dos sonhos comigo. Não por imposição, mas por vontade de seguir a mesma trilha.
Sempre quis alguém que me ganhasse nos detalhes. Alguém ao qual eu não conseguisse resistir. Alguém que trouxesse brilho pros meus olhos a cada nova atitude, a cada nova ideia a cada novo sorriso.
Sempre quis alguém pra ficar junto – alguém que entendesse que pra estar junto não é preciso estar perto o tempo todo, mas sim do lado de dentro. Por que a proximidade física nem sempre completa tanto quanto a do coração.
O melhor amor é o que se recicla todos os dias como energia renovável. O quanto vai durar – não sei. Prefiro a provisoriedade completa, do que a permeabilidade vazia,Viver na construção dele é a meta.(dedico este texto a Matuzalina).LBC
Sempre quis mesmo foi um amor cheio de erros, que vão sendo alinhados durante o caminho. Porque se tudo já começa certo, não vive-se o prazer da vitória.
Sempre quis um amor livre – sem a ideia desajustada que um pertence ao outro. Com menos regras ditadas – e mais pontos de vista ouvidos.
Sempre quis um amor com respeito. Não daquele tipo das “moças de respeito” que querem seu patrimônio corporal preservado.
Sempre quis aquele respeito que te permite ver o outro como um outro ser – cheio de vontades e desejos. Respeito é aceitar que o outro é diferente de você.
Sempre quis um amor que me fizesse crescer. Por que o essencial, faculdade nenhuma ensina. O essencial aprende-se na troca de ideias, no debate, nos pontos de vista trocados.
Sempre quis um amor que me valorizasse. Não somente pelas coisas cotidianas, mas principalmente pelas qualidades que poucos enxergam.
Sempre quis alguém que quisesse ouvir verdades – e falar, também, na mesma proporção. Porque meias-verdades não interessam. Difícil mesmo é achar alguém que esteja pronto pra ouvir até o mais pesado, até o mais doído e retribuir na mesma moeda.
Sempre quis alguém que me achasse gostosa – mas que entendesse que gostosura, mora mesmo nas entrelinhas.
Sempre quis um amor que me mostrasse caminhos – invés de impor trajetórias.
Sempre quis um amor que não me reprimisse – pelo contrário, que me provocasse para que eu conseguisse mostrar o que vive escondido lá no fundo.
Sempre quis um amor que sonhasse. E que corresse atrás dos sonhos comigo. Não por imposição, mas por vontade de seguir a mesma trilha.
Sempre quis alguém que me ganhasse nos detalhes. Alguém ao qual eu não conseguisse resistir. Alguém que trouxesse brilho pros meus olhos a cada nova atitude, a cada nova ideia a cada novo sorriso.
Sempre quis alguém pra ficar junto – alguém que entendesse que pra estar junto não é preciso estar perto o tempo todo, mas sim do lado de dentro. Por que a proximidade física nem sempre completa tanto quanto a do coração.
O melhor amor é o que se recicla todos os dias como energia renovável. O quanto vai durar – não sei. Prefiro a provisoriedade completa, do que a permeabilidade vazia,Viver na construção dele é a meta.(dedico este texto a Matuzalina).LBC
Eu Escolho Você...
Na dúvida entre quem escolher, porque dessa vez não tentar aquela pessoa legal, que você se dá bem, que pode ser seu amigo(a) e namorado(a) ao mesmo tempo. Que te acompanha, que faz questão de estar ali com você, que pode nao demonstrar sempre, mas pensa e muito em você. Que te liga, manda uma mensagem fofa do nada, que quer te fazer companhia, que não te julga pelo seu passado e quer fazer parte do futuro. Seria bom pra variar um pouco.
Dedico esta postagem a uma Amiga. Perpétua.....rsr
Quero começar uma paquera sem achar que estou em uma roleta russa. Anda tao difícil que temos medo de arriscar. Se mando uma mensagem sentimental sou julgada se não mando sou distraída. Queria só conquistar como era antigamente, sem joguinhos, sem apostar na sorte. Apenas sendo feliz e me jogando por saber que vai valer a pena!!!!
NÃO É BOM FICAR SÓ.....
Que você possa encontrar o caminho certo para viver em união e comunhão.
Que você possa entender que não está sozinho. Afinal, você não foi feito para viver só.
Quando Deus criou o mundo, Ele olhou para o homem que estava sozinho no paraíso e disse: "Não é bom que o homem fique só." Foi por isso que Ele criou a mulher e a humanidade se desenvolveu com a vocação para a partilha e comunhão. Não é bom que a gente fique só, pois quando estamos só, olhamos somente para nós mesmos, para os nossos problemas, para os nossos desejos e projetos – ficamos egoístas. Não percebemos que o outro tem direito, que precisa da minha presença e do meu amor.
... Quando a gente vive envolvido somente com as próprias preocupações, perdemos a capacidade de abrir o coração e partilhar aquilo que é mais bonito e mais sagrado em nossa vida: o nosso tempo, o nosso sorriso, a nossa alegria, os nossos sentimentos.
Então que você nunca busque ficar só. Mesmo que você esteja, fisicamente só.
Busque sempre fazer com que o seu coração, esteja aberto para o outro e permita que o outro entre.
Faça com que o seu coração, seja uma casa onde possa hospedar muitas e muitas pessoas.
Na verdade, tornar o outro hóspede do seu coração, é transformar a sua vida, o seu caminho em alegria e transformar também a vida do outro, em alegria e grandes possibilidades.Que nós possamos nos livrar cada vez mais da tentação do individualismo. Que o Deus nos livre desta solidão egoísta e abra o nosso coração para uma comunhão plena com todos.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
APRENDA A AMAR....
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
Ahhhh!!!! O Amor....
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .
domingo, 30 de junho de 2013
Versão De Mim Mesma?
Boa Noite!
A melhor versão de nós mesmos
Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que ser...á que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores. Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?
A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.
Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida?
Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos?
Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas?
Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela?
Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas?
Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”?
Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.
O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e que nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.
LB
A melhor versão de nós mesmos
Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que ser...á que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores. Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?
A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.
Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida?
Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos?
Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas?
Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela?
Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas?
Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”?
Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.
O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e que nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.
LB
Ser você mesma......
Já deve ter acontecido com você. Diante de uma situação inusitada, você reage de uma forma que nunca imaginou, e ao fim do conflito se pega pensando: que estranho, não parecia eu. Você, tão cordata, esbravejou. Você, tão ...explosivo, contemporizou. Você, tão seja-lá-o-que-for, adotou uma nova postura. Percebeu-se de outro modo. Virou momentaneamente outra pessoa.
No filme Neblinas e Sombras (não queria dizer que é do Woody Allen pra não parecer uma obcecada, mas é, e sou) o personagem de Mia Farrow refugia-se num bordel e aceita prestar um serviço sexual em troca de dinheiro, ela que nunca imaginou passar por uma situação dessas.
No dia seguinte, admite a um amigo que, para sua surpresa, teve uma noite maravilhosa, apesar de se sentir muito diferente de si mesma. O amigo a questiona: “Será que você não foi você mesma pela primeira vez?”
São nauseantes, porém decisivas e libertadoras essas perguntas que nos fazem os psicoterapeutas e também nossos melhores amigos, não nos permitindo rota de fuga. E aí? Quem é você de verdade?
Viver é um processo. Nosso “personagem” nunca está terminado, ele vai sendo construído conforme as vivências e também conforme nossas preferências – selecionamos uma série de qualidades que consideramos correto possuir e que funcionam como um cartão de visitas.
Eu defendo o verde, eu protejo os animais, eu luto pelos pobres, eu só me relaciono por amor, eu respeito meus pais, eu não conto mentiras, eu acredito em positivismo, eu acho graça da vida. Nossa, mas você é sensacional, hein!
Temos muitas opiniões, repetimos muitas palavras de ordem, mas saber quem somos realmente é do departamento das coisas vividas. A maioria de nós optou pela boa conduta, e divulga isso em conversas, discursos, blogs e demais recursos de autopromoção, mas o que somos, de fato, revela-se nas atitudes, principalmente nas inesperadas. Como você reage vendo alguém sendo assaltado, foge ou ajuda? Como você se comporta diante da declaração de amor de uma pessoa do mesmo sexo, respeita ou debocha?
O que você faria se soubesse que sua avó tem uma doença terminal, contaria a verdade ou a deixaria viver o resto dos dias sem essa perturbação? Qual sua reação diante da mão estendida de uma pessoa que você muito despreza, aperta por educação ou faz que não viu? Não são coisas que aconteçam diariamente, e pela falta de prática, talvez você tenha uma ideia vaga de como se comportaria, mas saber mesmo, só na hora. E pode ser que se surpreenda: “não parecia eu”.
Mas é você. É sempre 100% você. Um você que não constava da cartilha que você decorou. Um você que não estava previsto no seu manual de boas maneiras. Um você que não havia dado as caras antes. Um você que talvez lhe assombre por ser você mesmo pela primeira vez.
LB
Já deve ter acontecido com você. Diante de uma situação inusitada, você reage de uma forma que nunca imaginou, e ao fim do conflito se pega pensando: que estranho, não parecia eu. Você, tão cordata, esbravejou. Você, tão ...explosivo, contemporizou. Você, tão seja-lá-o-que-for, adotou uma nova postura. Percebeu-se de outro modo. Virou momentaneamente outra pessoa.
No filme Neblinas e Sombras (não queria dizer que é do Woody Allen pra não parecer uma obcecada, mas é, e sou) o personagem de Mia Farrow refugia-se num bordel e aceita prestar um serviço sexual em troca de dinheiro, ela que nunca imaginou passar por uma situação dessas.
No dia seguinte, admite a um amigo que, para sua surpresa, teve uma noite maravilhosa, apesar de se sentir muito diferente de si mesma. O amigo a questiona: “Será que você não foi você mesma pela primeira vez?”
São nauseantes, porém decisivas e libertadoras essas perguntas que nos fazem os psicoterapeutas e também nossos melhores amigos, não nos permitindo rota de fuga. E aí? Quem é você de verdade?
Viver é um processo. Nosso “personagem” nunca está terminado, ele vai sendo construído conforme as vivências e também conforme nossas preferências – selecionamos uma série de qualidades que consideramos correto possuir e que funcionam como um cartão de visitas.
Eu defendo o verde, eu protejo os animais, eu luto pelos pobres, eu só me relaciono por amor, eu respeito meus pais, eu não conto mentiras, eu acredito em positivismo, eu acho graça da vida. Nossa, mas você é sensacional, hein!
Temos muitas opiniões, repetimos muitas palavras de ordem, mas saber quem somos realmente é do departamento das coisas vividas. A maioria de nós optou pela boa conduta, e divulga isso em conversas, discursos, blogs e demais recursos de autopromoção, mas o que somos, de fato, revela-se nas atitudes, principalmente nas inesperadas. Como você reage vendo alguém sendo assaltado, foge ou ajuda? Como você se comporta diante da declaração de amor de uma pessoa do mesmo sexo, respeita ou debocha?
O que você faria se soubesse que sua avó tem uma doença terminal, contaria a verdade ou a deixaria viver o resto dos dias sem essa perturbação? Qual sua reação diante da mão estendida de uma pessoa que você muito despreza, aperta por educação ou faz que não viu? Não são coisas que aconteçam diariamente, e pela falta de prática, talvez você tenha uma ideia vaga de como se comportaria, mas saber mesmo, só na hora. E pode ser que se surpreenda: “não parecia eu”.
Mas é você. É sempre 100% você. Um você que não constava da cartilha que você decorou. Um você que não estava previsto no seu manual de boas maneiras. Um você que não havia dado as caras antes. Um você que talvez lhe assombre por ser você mesmo pela primeira vez.
LB
Amores Maduros
Amores maduros
Participei de um evento em São Paulo em que foi debatida a sexualidade nos dias atuais. Para não chegar lá com um blablablá muito pessoal, fiz o tema de casa: li o que psicanalistas e ensaístas tinham a dizer sobre o assunto.... Encontrei muita coisa interessante, mas um aspecto me chamou a atenção: ao falar de amor e sexo, a visão da maioria dos teóricos abrange apenas o jovem e suas expectativas, principalmente no que diz respeito à importância da procriação na escolha do parceiro.
O assunto é visto pela ótica de quem planeja construir um relacionamento e tudo o que isso inclui: a herança emocional deixada pelos pais, a pressão social de formar uma família, a influência da religião, a interferência dos filhos no convívio do casal, as regras impostas pela coletividade, a necessidade de firmar-se profissionalmente para alcançar estabilidade, enfim, todo o projeto de vida de quem está dando os primeiros passos nesse admirável mundo das convenções e ética comportamental.
Tudo muito bem fundamentado, mas há um personagem que fica de fora desses estudos: é a pessoa de meia-idade que já se apaixonou umas 10 vezes, que já casou e descasou, teve filhos e talvez netos e que hoje está livre para iniciar um novo relacionamento, e de um jeito bem mais desencanado do que qualquer jovem de 20 anos.
Ora, esse homem ou essa mulher já atravessou o desfiladeiro: pulou para o lado de lá. Os filhos estão criados, a vida estabilizada, as expectativas do tipo “até que a morte os separe” já foram arquivadas, não carece mais de aprovação externa e está dando uma banana para as convenções: chegou a hora de se divertir. Quem escreve sobre eles? Melhor dizendo: quem escreve sobre nós?
Circulam por aí muitas interrogações sobre amor e sexo que pessoas vividas já responderam para si mesmas. Depois de terem cumprido boa parte das regras pré-estabelecidas, agora é o momento de viver 24 horas de cada vez, sem idealizações. Querem um amor descomplicado e sem amarras.
Estamos com pouco suporte teórico, mas existimos. Não fazemos questão de endereço compartilhado, troca de alianças, contrato assinado. Não nos debulhamos diante de juras de amor eterno porque já entendemos “que o pra sempre, sempre acaba”.
Não precisamos de um ninho de amor financiado para pagar a perder de vista, nem de vestido de noiva, nem de anel de compromisso, nem de muitos planos. Estamos quites com nossa juventude, já gastamos as ilusões, agora nos restou o melhor da vida: ela própria, simplesmente. A vida que temos na mão para consumo imediato. Sem discussões excessivas sobre moral, sem excesso de argumentações psicológicas, sociológicas ou com qualquer lógica.
São poucos os que escrevem sobre nós e sobre a relação que queremos construir hoje.Pensando bem,talvez seja melhor.Quanto mais livre de teorias,mais solto o amor.
Martha Medeiros
Participei de um evento em São Paulo em que foi debatida a sexualidade nos dias atuais. Para não chegar lá com um blablablá muito pessoal, fiz o tema de casa: li o que psicanalistas e ensaístas tinham a dizer sobre o assunto.... Encontrei muita coisa interessante, mas um aspecto me chamou a atenção: ao falar de amor e sexo, a visão da maioria dos teóricos abrange apenas o jovem e suas expectativas, principalmente no que diz respeito à importância da procriação na escolha do parceiro.
O assunto é visto pela ótica de quem planeja construir um relacionamento e tudo o que isso inclui: a herança emocional deixada pelos pais, a pressão social de formar uma família, a influência da religião, a interferência dos filhos no convívio do casal, as regras impostas pela coletividade, a necessidade de firmar-se profissionalmente para alcançar estabilidade, enfim, todo o projeto de vida de quem está dando os primeiros passos nesse admirável mundo das convenções e ética comportamental.
Tudo muito bem fundamentado, mas há um personagem que fica de fora desses estudos: é a pessoa de meia-idade que já se apaixonou umas 10 vezes, que já casou e descasou, teve filhos e talvez netos e que hoje está livre para iniciar um novo relacionamento, e de um jeito bem mais desencanado do que qualquer jovem de 20 anos.
Ora, esse homem ou essa mulher já atravessou o desfiladeiro: pulou para o lado de lá. Os filhos estão criados, a vida estabilizada, as expectativas do tipo “até que a morte os separe” já foram arquivadas, não carece mais de aprovação externa e está dando uma banana para as convenções: chegou a hora de se divertir. Quem escreve sobre eles? Melhor dizendo: quem escreve sobre nós?
Circulam por aí muitas interrogações sobre amor e sexo que pessoas vividas já responderam para si mesmas. Depois de terem cumprido boa parte das regras pré-estabelecidas, agora é o momento de viver 24 horas de cada vez, sem idealizações. Querem um amor descomplicado e sem amarras.
Estamos com pouco suporte teórico, mas existimos. Não fazemos questão de endereço compartilhado, troca de alianças, contrato assinado. Não nos debulhamos diante de juras de amor eterno porque já entendemos “que o pra sempre, sempre acaba”.
Não precisamos de um ninho de amor financiado para pagar a perder de vista, nem de vestido de noiva, nem de anel de compromisso, nem de muitos planos. Estamos quites com nossa juventude, já gastamos as ilusões, agora nos restou o melhor da vida: ela própria, simplesmente. A vida que temos na mão para consumo imediato. Sem discussões excessivas sobre moral, sem excesso de argumentações psicológicas, sociológicas ou com qualquer lógica.
São poucos os que escrevem sobre nós e sobre a relação que queremos construir hoje.Pensando bem,talvez seja melhor.Quanto mais livre de teorias,mais solto o amor.
Martha Medeiros
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Como dizia o poeta
Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai
ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.....
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai
ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.....
terça-feira, 14 de maio de 2013
Ah, Facebook, se tu falasses quantas histórias terias pra contar? Anônimos, famosos e candidatos aos seus “quinze minutos de fama” aproveitam de sua praticidade e de sua publicidade para promoverem suas frases feitas, jargões, piadas, reflexões, desejos e sentimentos. Se soubesses o tanto que és viciante, certamente não aproveitaria da boa vontade de seus milhões de usuários e admiradores pelo mundo afora. Mas, cético como eu sou, creio que o inverso seja verdadeiro. Se por um lado ajuda-nos com suas funcionalidades, por outro usufruímos e abusamos de postagens, de textos, de imagens... aliás, como bom observador que és, acredito que pôde perceber que a alma humana - neste mundo regado a interesses – necessita e vive de imagem. Ah, Facebook, como sou grato por ter encontrado amigos da velha guarda, ex-colegas de trabalhos, antigas paixões que se foram tal qual como bolhas de sabão, companheiros de ideais, amigos de escola e faculdade... Reconheço que és capaz de reduzir fronteiras, de criar expectativas, de inspirar sonhos individuais e coletivos. Mas, realista como sou, também percebo que a chamada “inclusão social” tem o sabor amargo da falta de bom senso de muitos navegadores virtuais. Somos obrigados a ver em suas páginas, que alguns infelizes o transformaram numa espécie de “meu querido diário”. Crítico como sou, confesso que não tenho paciência em ver postagens de gostos duvidosos, não tenho interesse em saber que o fulano comeu salada no almoço, que a ciclana pintou seu cabelo de cores prateadas, que um certo alguém precisa de um hotel hospedar seus cachorros, tampouco saber de problemas alheios postadas por almas carentes. Se existisse a opção “Não curtir”, muitos desses infelizes raciocinariam antes de se exporem ao ridículo. Se pudesses falar, acredito que partilharia de minha mesma opinião: a pessoa que vive reclamando da vida em suas páginas não quer solução, mas carece sim de muita atenção. Ah, Facebook, se fosse humano certamente ficaria admirado com a boa vontade e criatividade de alguns, se indignaria com a falta de autocrítica de outros e se decepcionaria com a maldade alheia. Ah, Facebook...
Autor desconhecido.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
GANHEI CORAGEM
De tempos em tempos a gente é tocado por uma frase, um texto ou uma idéia.
O texto abaixo é do Rubens Alves e é, segundo seu site, de 2002.
Mas nem por isso perdeu a atualidade, ainda mais agora que estamos em vesperas de eleições.
É uma dose de sabedoria e sensatez, leia com calma e quando tiver algum tempo.
Queria
que meu velho sonho de adolescente de ter num futuro próximo um povo
mais educado e solidário já fosse nesse século 21, uma realidade, mas
sei que há esperança e um dia tenho certeza, chegaremos lá.
Se quiser conhecer mais desse escritor clique aqui
Rubem Alves
... colunista da Folha de S. Paulo ...
"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece", observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo.
Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega: "Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos". Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.
Vou dizer aquilo sobre o que me calei: "O povo unido jamais será vencido", é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política.
Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo.
Não sei se foi bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade.
Basta ver os programas de TV que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos.
Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direções opostas.
Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro.
Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os Dez Mandamentos.
E a história do profeta Oséias, homem apaixonado!
Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava!
Mas ela tinha outras idéias. Amava a prostituição.
Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou.
Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos.
E o que foi que viu?
Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas.
Comprou-a e disse: "Agora você será minha para sempre". Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus.
Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta.
Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável.
O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros,porque os falsos profetas lhe contavam mentiras.
As mentiras são doces; a verdade é amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo.
No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões.
E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos!
As coisas mudaram.
Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo.
O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas.
As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral" observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais.
Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem.
Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas.
Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis.
Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais.
Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.
Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade.
É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.
Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão.
Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras.
O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo.
Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.
O nazismo era um movimento popular.
O povo alemão amava o Führer.
O povo, unido, jamais será vencido!
Tenho vários gostos que não são populares.
Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos.
Mas, que posso fazer?
Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio;não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol.
Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo,eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno", à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito.
Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute:
"Caminhando e cantando e seguindo a canção.",
Isso é tarefa para os artistas e educadores.
O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.
Rubem Alves
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
SOMOS MUIITO MAIS!!!!
"Somos mais que os rótulos que nos são colocados...
O que somos vem de uma essência, de uma verdade só nossa...
Não sou quem acerta sempre, também posso errar...
Mas posso dar muito de mim, muito do meu melhor para obter acertos.
Posso falhar... mas sei tentar novamente.
Posso fugir... pra isso existe o retorno e o reconhecimento...
Posso me afastar... pois isso me prova a necessidade de tudo na vida...
Aquilo que vale ter, o que valeu um dia, e hoje não vale mais... e aquilo que espera por mim... e que de fato vale esperar.
Posso mudar de ideia... mudar sentimentos... fazer uma revisão interior.
Não tente adivinhar o que sinto, o que faço... não sou base para isso...
Posso sentir muito hoje, e amanhã não mais com a mesma intensidade e talvez não sentir nada... posso sentir tudo e muito desse tudo, mas posso aprender a deixar de sentir... em dias, meses, anos... e quem sabe em segundos...
Posso sentir coisas novas... porque o novo fascina, e posso sentir o que já sentia, e esse sentir se renovar todos os dias por um motivo simples e especial, porém inexplicável. Tudo o que você sente, e mesmo sem saber por que, do mesmo modo que o fez sentir, te ensina a não sentir mais... e isso não o torna frio e sim realista. Aprendemos ganhando, perdendo, doendo, curando... vivendo !
Posso aprender dando murro em ponta de faca... e com um tempo aprender que com faca não se brinca... e pensar mais... duas, três ou mais vezes se necessário for. Posso descobrir muito de mim e mesmo assim ainda terei muita leitura do meu eu por muio tempo... porque eu mudo, eu cresço... eu preciso de espaço, de liberdade, e até daquilo em que ainda não me conheço, e quero, desejo, preciso...
Por isso, não tente me limitar em palavras, tente enxergar onde olhos não alcançam... me observe com a alma, com o coração, o que você vê ao seu próprio entendimento e aceitação pode te trair, e você pode perder o muito de tudo o que pode haver de bonito dentro de alguém...
Observe com calma, sinta com vontade... apaixone-se pelo melhor que só você pode descobrir, e onde quase ninguém encontra, onde poucos conseguem chegar... no fundo da alma. ♥ (AF)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
EU ME AMO!!!!
"Queria aproveitar para fazer um elogio a mim, sim, a mim mesma LIVIA BRAGA, chega de me detonar. (...)
Queria te dizer que, apesar de você se sentir imensamente sozinha de vez em quando, eu sou milhares, e todas essas milhares te acham a melhor mulher do mundo.Queria bater palmas pra todas as vezes em que você sacrificou o que você mais amava em nome de seguir a diante com o teu fígado e todas as vezes em que você ficou pequenininha para que ficar grande fosse ainda maior. Obrigada por nunca ter fugido de mim, obrigada por ter me encontrado, obrigada por estar aqui. (...) Ah, e tem mais: você é bonita,charmosa, elegânte, sensual, etc,etc,etc mas o resto é um arraso !."
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
A ESPOSA TROFÉU
Maria Helena era uma mulher bonita e elegante.Tinha cerca de cinquenta anos,mas aparentava
ter dez anos a menos,graças as aplicações de botox,duas lipoaspirações,uma plástica nos seios
e drenagem linfática toda semana e credidatava seu tempo a yoga.
O marido de Maria Helena era um executivo do alto escalão de uma grande multinacional.Homem,
inteligente agressivo nos negócios,elegante e cosmopolita.Cultivava um gosto por coisas cara e
exclusivas.Havia adquirido recentemente um carrão importado,com tração nas quatro rodas,para
aventuras radicais..Não gostava,porém,de sujar seus sapatos italianos de lama.Ultimamente sua
paixão era uma tv de plasma de sessenta polegadas.
Maria Helena não tinha do que se queixar.Morava em uma bela casa,em um condomínio de luxo.
Tinha dinheiro para gastar como desejasse,tempo livre para desfrutar,pois,seus filhos já eram a-
dultos e independentes,e quase nenhuma preocupaçao,a não ser a empregada que vivia faltando.
Sua rotina era acordar de manhã,tomar café e encontrar seu personal trainner para uma sessão
de pilates.
Tomava um banho de ervas aromáticas,passava uma hora se maqueando e se vestindo e saia pa
ra o almoço com as amigas,em algum restaurante de alta gastronomia,após o quê,lançava-se ás
compras no circuito de lojas caras da cidade.A noite,cansada,comentava sua agenda com o mari-
do que,por saber de cór e salteado o cronograma da mulher,fingia escutar,pensando,na verdade
sobre números,percentagens e na lúbrica tv de plasma,terrivelmente irressitível.
Maria Helena andava cansada de seu dia-a-dia.Não sabia se era tédio,o vazio ou se estava fican-
do velha.Até ensaiara um trabalho voluntário em algumas obras sociais,mas a verdade é que tudo
parecia muito visto,revisto,revisado e reciclado.As massagens já não lhe tiravam o peso do corpo,
a conversa das amigas já pareciam um disco arranhado,as compras já nao rendiam outra coisa além de um entulho de roupas e sapatos que raramente usava.
Em umas de sua perigrinações pelos locais descolados da cidade,acabou achando se por engano
em uma palestra de filosofia que se desenrolava no Conjunto Nacional,na badalada livraria Saraiva.Chamou lhe atençao,á primeira vista,a vistosa écharpe,em volta do pescoço de um palestrante mas,logo seus ouvidos passaram a captar o alcance das palavras proferidas,até então desconhecidas:fenomenologia,existêncialismo,Heidegger,Jean Paul Sartre,angústia,consciência,liberdade,o nada.Subitamente Maria Helena sentiu se ilumidada,tocada por uma luz brilhante e maravilhosa.Tudo então passou a fazer sentido,ou,não afazer sentindo algum,conforme o tal método dialético que ouvira.Chegou em casa decidida:queria estudar filosofia.
- Mas...Maria Helena meu bem...Filosofia? Por que não pintura em porcelanas ou criação de orquídeas?
-Você não me entende.É um escravo da própria ignorância.
O marido achou que aquilo,talvez,fosse um mero capricho da mulher.Loho ela se cansaria da novidade e voltaria a ser a velha e boa mulherzinha,a socialite anfitriã,que exibia,orgulho,como
um troféu,uma extensão de seu própiro status.
As amigas achavam que aquilo devia ser culpa da menopausa.
-Querida,conheço um ótimo endocrinologista,que vai te recomendar um tratamento ultra moderno.Nada daquelas velhas reposições hormonais.
Mas,você não entende.Eu quero respostas para os grandes questionamentos da vida.Qual a razão de nossa existência?O que é justiça? Para onde iremos? O que é ser feliz?
As amigas olhavam com cara de espanto.Maria Helena devia estar ficando louca.Elas irim fazer compras na DASLU oras!!!Aquilo sim era felicidade.
Maria Helena começou seus estudos,assistindo a um ciclo de paleatras.Depois,onde houvesse um curso,em encontro,um debate sobre o tema,lá estava ela.Jogou foras as revistas de fofocas
e o livros de auto-ajuda,e recheou a estante com Platão,Sócrates,São Tomas de Aquino,Liebniz,Spinoza,Kant,Sartre,Nietzsche e Marilena de Chauí.
Maria Helena desenvolveu um pensamento crítico,de tal forma,que passou a incomodar o marido.
Aquilo estava acabando com seu casamento!O que iriam dizer os amigos do casal? Esse negócio de filosofia é pra intelectual pobre.Ou seria um intelectual pobre?Até ele já estava filosofando!!
-Sinceramente se você não parar com esta idéia,eu vou para casa de mamâe!!! E levo minha tv de plasma junto comigo.
Mas,a mulher bateu o pé,Queri mais,muito mais.Estava decidica a encarar uma faculdade.Quem sabe até uma pós-graduaçao?E a reação dos amigos surpreendeu.Batiam em suas costas dizendo."Cara,vovê ter sorte em ter uma mulher que não só pensa em roupas esapatos.
Em su primeiro dia de aula na faculdade,Maria Helana estava eufórica.Jamais havia sido invadida de um sentimento de orgulho como aquele.Sentada na carteira da frente,observou a grande Marilena de Chuauí entrar na sala.Ao aproximar se de Maria Helena,a professora lançou um orlhar de cobiça sobre a bolsa Luís Vuitton da aluna e disse,baixinho para ninguém perceber:"Nossa!!!Sua bolsa é tudo!!! Maria Helana orgulhosa em poder exibir seus conhecimentos filosóficos,replicou:
-Essa bolsa é o nada!!!
Por:Luiz Carlos Gonçalves Da Silva.
ter dez anos a menos,graças as aplicações de botox,duas lipoaspirações,uma plástica nos seios
e drenagem linfática toda semana e credidatava seu tempo a yoga.
O marido de Maria Helena era um executivo do alto escalão de uma grande multinacional.Homem,
inteligente agressivo nos negócios,elegante e cosmopolita.Cultivava um gosto por coisas cara e
exclusivas.Havia adquirido recentemente um carrão importado,com tração nas quatro rodas,para
aventuras radicais..Não gostava,porém,de sujar seus sapatos italianos de lama.Ultimamente sua
paixão era uma tv de plasma de sessenta polegadas.
Maria Helena não tinha do que se queixar.Morava em uma bela casa,em um condomínio de luxo.
Tinha dinheiro para gastar como desejasse,tempo livre para desfrutar,pois,seus filhos já eram a-
dultos e independentes,e quase nenhuma preocupaçao,a não ser a empregada que vivia faltando.
Sua rotina era acordar de manhã,tomar café e encontrar seu personal trainner para uma sessão
de pilates.
Tomava um banho de ervas aromáticas,passava uma hora se maqueando e se vestindo e saia pa
ra o almoço com as amigas,em algum restaurante de alta gastronomia,após o quê,lançava-se ás
compras no circuito de lojas caras da cidade.A noite,cansada,comentava sua agenda com o mari-
do que,por saber de cór e salteado o cronograma da mulher,fingia escutar,pensando,na verdade
sobre números,percentagens e na lúbrica tv de plasma,terrivelmente irressitível.
Maria Helena andava cansada de seu dia-a-dia.Não sabia se era tédio,o vazio ou se estava fican-
do velha.Até ensaiara um trabalho voluntário em algumas obras sociais,mas a verdade é que tudo
parecia muito visto,revisto,revisado e reciclado.As massagens já não lhe tiravam o peso do corpo,
a conversa das amigas já pareciam um disco arranhado,as compras já nao rendiam outra coisa além de um entulho de roupas e sapatos que raramente usava.
Em umas de sua perigrinações pelos locais descolados da cidade,acabou achando se por engano
em uma palestra de filosofia que se desenrolava no Conjunto Nacional,na badalada livraria Saraiva.Chamou lhe atençao,á primeira vista,a vistosa écharpe,em volta do pescoço de um palestrante mas,logo seus ouvidos passaram a captar o alcance das palavras proferidas,até então desconhecidas:fenomenologia,existêncialismo,Heidegger,Jean Paul Sartre,angústia,consciência,liberdade,o nada.Subitamente Maria Helena sentiu se ilumidada,tocada por uma luz brilhante e maravilhosa.Tudo então passou a fazer sentido,ou,não afazer sentindo algum,conforme o tal método dialético que ouvira.Chegou em casa decidida:queria estudar filosofia.
- Mas...Maria Helena meu bem...Filosofia? Por que não pintura em porcelanas ou criação de orquídeas?
-Você não me entende.É um escravo da própria ignorância.
O marido achou que aquilo,talvez,fosse um mero capricho da mulher.Loho ela se cansaria da novidade e voltaria a ser a velha e boa mulherzinha,a socialite anfitriã,que exibia,orgulho,como
um troféu,uma extensão de seu própiro status.
As amigas achavam que aquilo devia ser culpa da menopausa.
-Querida,conheço um ótimo endocrinologista,que vai te recomendar um tratamento ultra moderno.Nada daquelas velhas reposições hormonais.
Mas,você não entende.Eu quero respostas para os grandes questionamentos da vida.Qual a razão de nossa existência?O que é justiça? Para onde iremos? O que é ser feliz?
As amigas olhavam com cara de espanto.Maria Helena devia estar ficando louca.Elas irim fazer compras na DASLU oras!!!Aquilo sim era felicidade.
Maria Helena começou seus estudos,assistindo a um ciclo de paleatras.Depois,onde houvesse um curso,em encontro,um debate sobre o tema,lá estava ela.Jogou foras as revistas de fofocas
e o livros de auto-ajuda,e recheou a estante com Platão,Sócrates,São Tomas de Aquino,Liebniz,Spinoza,Kant,Sartre,Nietzsche e Marilena de Chauí.
Maria Helena desenvolveu um pensamento crítico,de tal forma,que passou a incomodar o marido.
Aquilo estava acabando com seu casamento!O que iriam dizer os amigos do casal? Esse negócio de filosofia é pra intelectual pobre.Ou seria um intelectual pobre?Até ele já estava filosofando!!
-Sinceramente se você não parar com esta idéia,eu vou para casa de mamâe!!! E levo minha tv de plasma junto comigo.
Mas,a mulher bateu o pé,Queri mais,muito mais.Estava decidica a encarar uma faculdade.Quem sabe até uma pós-graduaçao?E a reação dos amigos surpreendeu.Batiam em suas costas dizendo."Cara,vovê ter sorte em ter uma mulher que não só pensa em roupas esapatos.
Em su primeiro dia de aula na faculdade,Maria Helana estava eufórica.Jamais havia sido invadida de um sentimento de orgulho como aquele.Sentada na carteira da frente,observou a grande Marilena de Chuauí entrar na sala.Ao aproximar se de Maria Helena,a professora lançou um orlhar de cobiça sobre a bolsa Luís Vuitton da aluna e disse,baixinho para ninguém perceber:"Nossa!!!Sua bolsa é tudo!!! Maria Helana orgulhosa em poder exibir seus conhecimentos filosóficos,replicou:
-Essa bolsa é o nada!!!
Por:Luiz Carlos Gonçalves Da Silva.
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